Lucia Helena Sider
Poeta / Prosadora / Autora independente / Contadora de histórias
CURRÍCULO
Minibio
literária
Talentos, Preferências & Background
Nascida em 7 de maio de 1971, na cidade de São Paulo, sou filha de família tradicional de origem na Letônia. Iniciei meus estudos escolares e musicais muito cedo, sempre dando um jeito de chamar a atenção com minha arte, inicialmente musical e depois, e efetivamente, a poesia. Minha poesia teve seu primeiro reconhecimento em 1997, em uma temporada na California, EUA, mas uma sabatina familiar fez com que eu desistisse temporariamente de escrever poemas, até que em fevereiro de 2013, quando já estabelecida em Sobral, no Ceará, a série “Pentalogia” brotou depois de quatro dias de transe inspiracional. Daí por diante, conforme amadurecia minha escrita, comecei a expor meus trabalhos em eventos e jornais da Embrapa, onde sou pesquisadora. Participei de concursos nacionais de poesia, tendo publicado meus poemas (e depois a prosa) em várias antologias. Frequentei o movimento “A poesia é um saco” e julgo que, graças a ele, tive a provocação necessária para me auto-afirmar como poeta. Em 2016 publiquei de forma independente (e talvez amadora) meu primeiro livro de poesia, intitulado "Onde há verdade, há poesia - cento e um suspiros". Além disso, tenho textos publicados em diversas coletâneas e antologias, destacando o trabalho fruto de uma oficina poética com mais cinco autores tutorados pelo poeta Nuno Rau, "Não mais os falsos infinitos - poemas de oficina". Com o advento da pandemia e da emergência de inúmeros cursos online, me adaptei rapidamente e intensifiquei (de maneira até compulsiva) meus estudos de escrita criativa em diversas plataformas online (com destaque ao Instituto Estação das Letras, NESPE, LabPub, entre outros), Atualmente curso a pós graduação em Escrita Criativa e Carreira Literária (LabPub) e estou escrevendo minha estreia em romance de autoficção, com o título "O nome que você me deu". Sou frequentadora também de eventos ligados a literatura locais (com destaque aos promovidos pela Casa ArteCriar - Varjota, Festa Literária do Ceará, edição Sobral) e nacionais (Elas publicam).
Animais
Já cheguei a ser mãe de oito gatos vira-latas até pouco tempo atrás. Gatos que estavam de passagem acabaram ficando. Hoje são cinco em casa (quatro meninas e um menino), pois algumas das queridas e emblemáticas gatas viraram estrelinha. Esses gatos tem múltipla origem, das do interior paulista, das cearenses e teve até a Mozinha Mohamed, que foi minha principal bagagem trazida de terras norte-americanas. Também amo os cães (saudades do Ranger!!!) e atualmente minhas sobrinhas Julie e Lea.
Tenho o hábito de, a cada lugar que eu chego, visitar o zoológico ou o aquário da cidade. Não sou contra estas instituições, pelo contrário, mas gosto de fiscalizar como cada lugar cuida dos seus bichos. Os melhores zoológicos que visitei foram o San Diego Zoo e o Omaha's Henry Doorly Zoo. Este último eu visitei três vezes em um intervalo de um ano. Gosto muito também do Zoológico de São Paulo e recentemente participei do passeio noturno. Foi assim que, desde cedo, os passeios conduzidos por meu pai me criaram a paixão pelos animais e eu defini minha vocação.
Sobral & São Paulo
Embora São Paulo seja a minha origem e local de toda a minha formação, Sobral é a casa que me acolheu. Sobretudo em Sobral consegui me firmar como ser individual, independente de qualquer outra referência familiar. Volto a São Paulo com certa frequência não só pela família, os amigos e o namorado, mas porque ainda é o centro cultural do país, onde tudo acontece. Não digo só a capital, mas o estado como um todo. Hoje não suportaria a vida urbana constante, pois considero uma "qualidade de vida" muito presente e ao mesmo tempo inacessível. Descobri no interior do Ceará esse equilíbrio. Mas doses de cidade grande sempre são bem-vindas, desde que homeopáticas.
Viagens e passeios
Simplesmente adoro viajar. Sou um pouco nerd neste quesito, pois eu sempre priorizo os museus, zoos, aquários e atividades culturais do lugar. Também gosto das diferentes cozinhas de cada lugar. Quando vivi em Nebraska, aprendi a observar o céu. Fico feliz que minha cidade atual, Sobral, tenha agora o seu próprio planetário anexo ao Museu do Eclipse. Secundariamente, também gosto das praias e do campo. Mas é difícil eu fazer uma viagem só para fins de descanso. Atualmente, tenho agendado minhas viagens em torno de eventos, científicos, literários e culturais.
Cursos e Congressos
Gosto de aprender e fazer contatos, sobretudo em novos ares. É principalmente um modo de investimento em mim mesma, que reflete no desenvolvimento profissional. Sou afiliada a várias sociedades científicas e adoro os eventos "fora da caixa". Sou seguidora também de vários canais de literatura. neurociência, arte e psicanálise. Com tudo isso, tenho uma preocupação muito grande de não ficar perdida em excesso de informação, daí por vezes me recolho em introspecção e sobretudo leituras. Hoje amo tudo o que eu faço.
Línguas
Português - Desenvolvi um amor e respeito muito grandes pela língua portuguesa. Sou bastante rigorosa comigo mesma e com meus alunos. Afinal, a boa linguage é a base da comunicação.
Inglês - Tenho bom domínio e fluência em inglês, uma língua que eu amo desde criança, graças ao incentivo do meu pai. Apesar dos esforços, ainda não consigo produzir bons poemas na língua, pois falta alguma naturalidade.
Alemão - Estudei alemão durante dois anos e já dominava o básico. Mas quando me vi tendo que fazer imersão em inglês, meu cérebro decidiu que não tinha mais espaço para esta língua. Perdi muito do que aprendi, embora adorasse o alemão. O grande problema foi a introdução das declinações... simplesmente não tive capacidade para isso. Todo mundo tem seu limite.
Leto - Só palavrões usados no inicio do século XX e frases de caráter duvidoso, como a muito usada "Es esmu traka". No mais, "Ne runa..." Recentemente, gravei no meu antebraço uma tatuagem da minha gata SAMU desafiando o experimento do gato de Schroedinger com a frase "Es esmu dziva!!" (Estou viva!?).
Portuñol - No hablo picas. Mas adoro a sonoridade do espanhol.
Questão de corpo
Hoje o meu alto rendimento é contraste com um período difícil em que meu corpo e mente estavam em crise e conflito. A cirurgia bariátrica não é milagrosa e não traz saúde e felicidade automáticas. No entanto, ela é uma ferramenta poderosa para quem está preparado ir atrás da sua melhora na qualidade de vida. Não teria conseguido aderência se não desejasse de fato tomar posse do meu corpo (uma questão vital para quem se alinha com o feminismo de quarta onda), gostar de ser quem eu sou, mesmo com quilos a mais ou marcas da idade. Hoje me vejo inteira.
Puzzles
O primeiro quebra-cabeça que montei eu era ainda pré-adolescente. Era um de 500 peças, que meu saudoso irmão Eduardo (Dradgin) ganhou de presente e nunca se aventurou a montar. Um dia, eu adoentada, fiquei em casa e descobri o tal brinquedo. Em uma tarde montei tudo, para surpresa (e raiva) do meu irmão. Daí em diante eu só queria brincar com isso: 1000. 1500, 2000... Alguns viravam quadros, outros eu desmontava e montava de novo. O de 3000 faltou uma peça e eu pedi um novo para a fabricante Grow. A Grow não só me deu um novo como me convidou para conhecer a sua fábrica (acho que daí eu aprendi a fazer meus "contatos"). O de 5000 peças eu montei no chão do meu quarto, para desespero da minha mãe. Levei dois meses e, assim que concluí, desmontei e montei de novo em duas semanas. O legal do quebra-cabeças não é ver o resultado pronto e sim viver e "viajar" nas cores e formas enquanto se monta. Nos EUA quase fui a delírio quando vi que tinha lojas especializadas. Comprei um de 8000 peças que montei só parcialmente, porque já estava no mestrado e não tinha mais tempo nem espaço. Isso é o que limita. E hoje também os gatos, que adoram participar jogando futebol com as peças. Hoje é comum uma visita vir em casa e eu perguntar se ela quer "brincar". Muita gente aceita e se diverte!
Propósitos de vida:
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Preservação e valorização da NATUREZA em todas as suas formas
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Busca e compartilhamento de CONHECIMENTO
Leitura e escrita
Poesia surpreendentemente não é o que mais escrevo. Sou daquelas pessoas que são fiéis a um diário. Aprendi a ter amor e respeito à língua portuguesa. A princípio, quase todos os meus poemas eram escritos em meio às minhas anotações diárias. Mas eu escrevia poemas em avião, sala de espera de médico, na praça de alimentação do shopping, etc. Com as oficinas de escrita, aprendi que a escrita não é só inspiração e sim muita transpiração, reescrita, processo que passa por mais incômodo do que prazer. O prazer está no resultado, no alcançar o leitor, mesmo que a interpretação dele vá muito além do que eu inicialmente pensei ao escrever.
Gosto de ler também. Tenho aprendido a ler como escritora, sem perder o caráter lúdico que sempre os livros trazem. Ao contrário do que possa parecer, gosto muito de não ficção também. Acho que tem a ver com uma crença limitante em torno da verdade e da minha inabilidade inicial em inventar histórias do nada. Tenho superado isso com a troca com outrpos escritores (espaços de segurança) e em escuta e contação de histórias.
Gosto principalmente de ler no livro físico, mas também sou adepta ao e-book.
Música
Minha formação é erudita. Estudei violino, piano, canto lírico e um pouco de composição e regência. Cheguei a tocar em cameratas e a cantar em vários corais, mas o apelo pela visão científica do mundo me fez optar por outra profissão, me dedicando hoje ao que considero também uma grande paixão. Quando o assunto é o gosto musical, sou bem aberta: gosto muito de rock & roll (que vai do pop, folk, progressivo ao metal), tenho muita influência do Legião Urbana, Capital, Titãs. Quando me sinto "inteligente", gosto de escutar MPB ou jazz vocal. Mas tem vezes que meu gosto é totalmente trash e eu apelo para as boy's bands, sendo os Backstreet Boys os meus preferidos. Quando estou aborrecida ou indignada, não há nada melhor do que a banda Filter para me acalmar (ou botar mais pilha na minha raiva).
Fotografia
Longe de ser uma fotógrafa profissional, gosto de registrar os momentos e lugares que eu visito. Já fui mais viciada em fotos. Digo que eu já era expert em selfies muito antes de virar moda. Tenho inúmeros álbuns em minha casa e sou um pouco frustrada porque hoje é tudo digital. Recentemente, tenho exercitado o "viver o momento", sem a preocupação alucinada de registrar e não realmente viver o momento. Espero que minhas histórias sejam tão visuais que a pessoa possa se colocar na situação.
Letônia, já ouviu falar?
Nasci no Brasil. Meus pais nasceram no Brasil. Mas meus avós maternos e paternos vieram da Letônia, meio que fugidos do que viria a ser o regime soviético. Letônia, um dos países bálticos, mais precisamente o do meio, entre Estônia e Lituânia; tem língua própria (que eu não falo mais do que uma dúzia de palavrões e frases de caráter duvidoso), cultura musical muito forte (como o maior festival da canção do mundo), uma indumentária típica e uma localização estratégica no Mar Báltico. Cresci ouvindo leto, mas a cultura leta ficou mais forte na minha adolescência, quando minha família e eu começamos a tocar e cantar em comunidades letas em São Paulo, Nova Odessa e Varpa. Em 1999, nas portas da virada do milênio, tive a chance de visitar a Letônia e ver de perto as coisas que meu avô me descrevia quando criança. Em Riga, foi como cair a ficha: minha origem é aqui!
Lágrimas de emoção
Quase ninguém percebe, mas sou chorona. Choro no cinema, choro na abertura das olimpíadas, choro em concertos musicais (o mais vexatório foi o da Sinfônica de Boston – tudo bem, eu tinha tomado vinho kkkkk...), chorei no show das baleias do Sea World de San Diego, choro em viagens quando vejo algo belo, chorei em Riga quando identifiquei as coisas sobre as quais meu avô me falava. Não sou de chorar em velório, mas choro quando vejo alguém chorando (o negócio é contagioso). Estou sempre enxugando o canto dos olhos. Faz bem para a lubrificação dos olhos.